Investigação das Causas da Flotação de Lodo na Decantação Secundária em Ete de Lodos Ativados

Autor(a): Bezerra, Antônio Hermes Bezerra, Ferraz, Flaviane de Oliveira Silva Magalhães, Oliveira, Iagê Terra Guedes

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  • Categoria

    Água e reuso de água

  • Autor(a)

    Bezerra, Antônio Hermes Bezerra, Ferraz, Flaviane de Oliveira Silva Magalhães, Oliveira, Iagê Terra Guedes

  • Ano

    2019

Resumo

Em estações de tratamento de esgoto com sistema de lodo ativado são bastante eficientes na remoção de DBO. Nesse tipo de estação o tratamento ocorre através de flocos formados por microorganismos e matéria orgânica. Esses flocos demandam alta carga de oxigênio, que é fornecido no tanque de aeração. Normalmente são atrelados aos tanques de aeração uma unidade de decantação secundária. Nessa unidade podem ocorrer problemas que afetam a qualidade do efluente final. Um dos principais problemas é a flotação de lodo. Esse fenômeno pode ser ocasionado por: desnitrificação no decantador secundário, sobrecarga no tanque de aeração, alto nível de aeração, entre outros. Dessa maneira, o objetivo deste trabalho é de investigar as causas de flotação de lodo no decantador secundário numa ETE com sistema por lodos ativados e indicar a solução operacional para este problema. O estudo foi realizado, durante junho a setembro de 2013 numa Estação de Tratamento de Esgoto por Lodos Ativados, localizada em Natal/RN, em que ao longo do tempo de sua operação, constatou-se a flotação recorrente de lodo no decantador secundário. Coletaram-se diariamente amostras em cinco pontos no tanque de aeração, mensurando-se o oxigênio dissolvido, temperatura e pH. Nos pontos 1 e 3 foi determinado a quantidade de sólidos sedimentáveis. Semanalmente, foi determinado nitrato na saída do decantador e saída do tanque de aeração. Os dados foram separados em classes que foram comparadas através de uma ANOVA não paramétrica e t de Student. O OD foi maior na classe com maior aeração e menor na classe com menor aeração. O maior pH ocorreu na classe de aeração intermediária. Em relação ao pH, houve diferença significativa entre as médias de todas as classes. Para o OD, houve diferença entre a classe com maior aeração e as demais classes. Os valores obtidos para as classes 1 e 2 foram os mais condizentes com a diminuição da flotação de lodo no decantador secundário. Confirmou-se isso com os valores de nitrato observados na saída do decantador. Com isso, evidenciou-se as causas de flotação de lodo na ETE estuda, que foram: desnitrificação ocorrida no decantador secundário, fazendo com que haja desprendimento de gás e as placas de lodo atingem a superfície; e falta de uma zona anóxica no valo de oxidação, promovendo com mais intensidade a desnitrificação. Neste estudo verificou-se a importância do uso de aeradores com controle de velocidade em ETE’s com sistema de lodos ativados.